Depois de ser arrancado à força do ônibus que conduzia por
um policial militar, na tarde desta terça-feira, o motorista Gerson Rodrigo, de
28 anos, também será autuado por infringir as leis de trânsito. Na 6ª DP
(Cidade Nova), para onde o caso foi encaminhado, oficiais da PM afirmaram, após
o registro da ocorrência, que o rapaz receberá quatro multas - entre elas, uma
por bloquear a via, já que o veículo fechou parcialmente por cerca de duas
horas o cruzamento entre as ruas de Santana e Benedito Hipólito, no Centro do
Rio, enquanto a confusão desenrolava-se.
Segundo o mesmo oficial, que preferiu não se identificar, as
outras autuações são por desobedecer à ordem expressa de uma autoridade de
trânsito; por recusar-se a apresentar a carteira de habilitação; e pelo fato de
o ônibus estar circulando sem o Certificado de Registro e Licenciamento do
Veículo (CRLV). Um representante da Auto Viação Tijuca, responsável pela linha
345 (Praça Mauá/Barra da Tijuca), assegurou, na delegacia, que o CRLV estava no
coletivo, e alegou que ele só não foi apresentado aos policiais por conta da
agressão ao motorista.
Sobre a multa por bloquear a via, Gerson afirma que, durante
o tumulto, a chave do ônibus desapareceu, impedindo que ele retirasse o veículo
da rua. Ainda de acordo com o condutor, a chave só foi encontrada por volta de 18h,
cerca de duas horas depois do início da discussão envolvendo o sargento Carlos
Fernando Dias Chaves, lotado no 41º BPM (Irajá). A assessoria de imprensa da
Polícia Militar não foi localizada até o fim da noite desta terça-feira para
confirmar as autuações ao motorista.
Sobre a multa por bloquear a via, Gerson afirma que, durante
o tumulto, a chave do ônibus desapareceu, impedindo que ele retirasse o veículo
da rua. Ainda de acordo com o condutor, a chave só foi encontrada por volta de
18h, cerca de duas horas depois do início da discussão envolvendo o sargento
Carlos Fernando Dias Chaves, lotado no 41º BPM (Irajá). A assessoria de
imprensa da Polícia Militar não foi localizada até o fim da noite desta
terça-feira para confirmar as autuações ao motorista.
Prisão administrativa
decretada
O sargento Carlos Fernando teve a prisão administrativa
decretada pelo comandante da corporação, coronel José Luís Castro Menezes, e
passará as próximas 72 horas aquartelado, período no qual deve ser ouvido pela
Corregedoria. A ordem de detenção ocorreu depois que O ônibus da linha 345
levava muitos professores que se dirigiam à manifestação da categoria, ocorrida
na tarde desta terça no Centro da cidade. Ao chegar a um cruzamento próximo à
Central do Brasil, o coletivo teria fechado um micro-ônibus da PM, que acabara
de ser abastecido e levava cinco policiais para o mesmo protesto. Segundo os
PMs, Gerson foi abordado e negou-se a apresentar a carteira de habilitação. Ao
receber voz de prisão por desobediência, ele também teria se recusado a
acompanhar o sargento, que alega ter usado força bruta por necessidade.
- O registro tem as duas versões, de desobediência por parte
do motorista e de abuso de autoridade do PM. A investigação pode concluir por
uma ou outra, ou por ambas - explicou o delegado-assistente Bruno Gilaberte, da
6ª DP.
Fonte: Jornal Extra
Luã Marinatto